Prevenção de fraturas em idosos

A fase do envelhecimento é marcada pelas alterações fisiológicas progressivas no organismo, levando à redução da capacidade de adaptação do idoso às atividades funcionais, afetando principalmente o equilíbrio que provoca maiores risco de quedas na terceira idade. A maioria das quedas provoca hospitalização, dependência de locomoção e até a morte. O risco de cair aumenta significativamente com a idade e com o nível de fragilidade, além de que diversos fatores estão envolvidos neste evento, principalmente os que estão relacionados às condições inadequadas do ambiente domiciliar.

Ao contrário do que muitos imaginam , prevenir quedas não se trata apenas de proporcionar um ambiente seguro, amplo, iluminado e com barras de apoio. Na presença de obstáculos simples, as pessoas jovens não caem pois tem recursos (musculatura, equilíbrio, reflexos) que as protegem. Esses recursos devem ser buscados pelos mais velhos para que também possam evitar possíveis quedas. Geralmente, idosos tem chance maior de cair uma vez que acumulam uma série de fatores de risco atualmente classificados como intrínsecos ou extrínsecos.

Os fatores extrínsecos incluem:

As dificuldades encontradas no ambiente: como por exemplo piso escorregadio, calçados inapropriados ou o famoso tapete dobrado;

Já os fatores intrínsecos dizem respeito às dificuldades próprias do indivíduo que cai: doenças, medicações, alterações sensoriais (principalmente perda da visão e audição), força muscular e outras.

Por isso é importante conhecer o que chamamos de fatores de risco, assim , compreendendo melhor o motivo das quedas, podemos adotar intervenções mais eficazes no âmbito da prevenção.

Prevenir a queda em pessoas idosas pode significar prevenir a perda da autonomia e independência e preservar a conservação da capacidade funcional do idoso.

Algumas medidas de prevenção:

– Avaliação geriátrica global, com medidas corretivas adequadas com enfoque:

  • Função cognitiva;

  • Estado psicológico;

  • Capacidade de viver só e executar as AVDs;

-Avaliação Nutricional;

-Racionalização da prescrição de doses e combinações dos medicamentos;

-Fisioterapia;

-Atividade Física : Caminhada; Dança; entre outras;

-Correção dos fatores ambientais modificáveis:

  • Uso de lâmpadas fluorescentes;

  • Aumento da altura do vaso sanitário e colocação de barras de apoio laterais;

  • Utilização de tapetes antiderrapantes e instalação de barras de apoio no local do banho;

  • Substituição do box de vidro por cortinas;

  • Uso de sapatos fechados com solado antiderrapante;

  • Ajuste da altura da cama e uso de um colchão firme;

  • Acendedor de luz próximo à cama;

  • Uso de luz em corredor, evitando que o idoso se levante no escuro;

  • Manter o caminho sempre livre e sem bagunça (fios, brinquedos, mesinhas, etc.);

  • Evitar sofás, poltronas ou cadeiras, de balanço, baixos, macios, ou sem apoios laterais.

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